Terapia de Casal

YARA PSICOLOGIA

Atendimento

Terapia de Casal

Segundo a mitologia grega, se os homens ou os Deuses fossem atingidos pelas flechas com pontas de ouro do Deus Eros, eles caiam na loucura do amor. Outras flechas tinham pontas de chumbo, e qualquer pessoa atingida por essas se tornava insensível ao amor. Geralmente os casais foram, em algum momento, atingidos pelas flechas com pontas de ouro, vivendo uma grande paixão. Mas, muitas vezes, com o passar do tempo e com o desgaste do dia a dia, eles parecem como que feridos pelas flechas com pontas de chumbo: insensíveis ao amor e distantes emocionalmente daquele que está ao seu lado, seu cônjuge.

O casamento não é algo confortável e harmonioso, é, antes de mais nada, um lugar de desenvolvimento pessoal, onde cada cônjuge entra em atrito consigo mesmo e com o parceiro, choca-se com ele no amor e na rejeição e, desta forma, aprende a conhecer a si próprio, o mundo, o bem e o mal, as alturas e as profundezas.

A maioria dos casais passa por algum obstáculo quando o assunto é amor, ainda que não fale a respeito. Isso é comum e, por vezes, promove mudanças positivas. Mas a questão está no como e em que grau essas questões afetam o casal e como ele tem, ou não, conseguido lidar com esses obstáculos.

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Eros e Psique (Rodian, 1881)

A Mudança começa em Você

Se você sente que tem problemas no quesito amoroso, tranquilize-se, pois existe caminho para a mudança. A terapia de casal pode ajudar você!

Há vários tipos de pessoas, assim como há vários tipos de casais, de formas de se relacionar e de solucionar os problemas conjugais. Na terapia de casal, o psicologo busca conhecer, junto com os cônjuges, a dinâmica de relacionamento do casal e o que, eventualmente, está atrelada a ela.

A partir de um olhar cuidadoso, sem julgamento e individualizado, o psicologo auxilia o casal a construir e a percorrer um novo caminho, uma nova forma de se relacionar, mais verdadeira e saudável para todos.

É muito importante deixar claro que, por “casamento”/“relacionamento conjugal”, estou chamando todo e qualquer relacionamento afetivo entre duas (ou mais) pessoas que escolhem conviver juntas, compartilhando a vida, como companheiras de jornada. E isso independe de registro civil, celebração/benção religiosa ou moradia em conjunto.

Várias pessoas ainda têm preconceito acerca da terapia de casal, achando que buscar uma ajuda especializada significa uma incapacidade própria ou um carimbo de que realmente o casamento acabou. É uma pena que muitos ainda pensem assim, porque a terapia de casal pode ajudar, e muito, na reconexão do casal e na construção ou reconstrução de um relacionamento saudável e verdadeiro.

O objetivo do processo da terapia de casal não é apenas solucionar uma questão antiga ou recente, mas apresentar ao casal um caminho de renovação, desenvolvendo em ambos uma atitude mais sadia e mais apta para a vida conjugal. E, muitas vezes, isso leva-os a uma modificação radical, na relação, na vida pessoal de cada um e na forma deles encararem o mundo.

O psicólogo procura compreender o que está acontecendo, o que atinge cada cônjuge e a relação. Ele ajuda o casal a discriminar e dar nome ao que cada um sente e vive enquanto casal; facilita o desenvolvimento de uma comunicação mais saudável e verdadeira entre eles e dá contorno, direção e proteção para que ambos possam mergulhar nos desejos e medos mais profundos que envolvem o casamento.

São usadas técnicas que ajudam o casal a se entender melhor física e psicologicamente. Encontra e trabalha-se com os mecanismos neuróticos que eventualmente cada qual usa ao se relacionar com seu parceiro; os jogos e as armadilhas destrutivas que cada um cria inconscientemente para atacar o outro e a relação; sugere-se situações inovadoras para se relacionarem; resgata-se o que atraiu cada qual no início da relação; abre-se espaço para olharem de forma verdadeira as qualidades, as facilidades e as dificuldades de cada um na relação; observa-se se há interferências externas destrutivas ou mal administradas (família, filhos, amigos etc.); trabalha-se a sexualidade do casal etc.

Mas, sobretudo, a terapia de casal olha para o ideal de casamento, como ele foi construído e como é visto por cada um. Primeiramente desconstrói-se esse ideal – de casamento perfeito e feliz dos contos de fada – para, então reconstruí-lo em bases mais sólidas e reais, próprias de uma vida adulta.

Eu, e toda uma gama de estudiosos, discordamos desse proverbio quando o assunto é terapia de casal. Isso porque acredito ser possível promover, com o auxílio profissional adequado do psicológico de casal, relacionamentos mais saudáveis e autênticos.

Até casamentos que, aparentemente parecem difíceis e extremamente problemáticos, encontram, com a terapia de casal, resoluções criativas e ricas.

Qualquer casal ou pessoas (aqui incluindo casamentos que envolvam mais de duas pessoas) que estejam compartilhando, juntos, uma vida afetiva. Nessa modalidade, os atendimentos são realizados em sessões com todos os companheiros presentes.

A terapia de casal pode se dar de forma bem pontual (com aproximadamente 15 sessões) ou de forma estendida, dependendo da demanda, da dinâmica dos cônjuges e da história de vida de cada parceiro.

As sessões têm duração de aproximadamente uma hora e meia e são realizadas semanalmente.

Importante dizer que, após concluída, a terapia de casal não tem a pretensão de acabar com os conflitos e com os mal-entendidos entre o casal, mas sim ajudá-los a desenvolver outras formas de comunicação entre eles, facilitando as soluções diante de futuras dificuldades.

Gosto e comungo da forma com que Jung via o casamento: um relacionamento psicológico no qual cada cônjuge, por meio do espelhamento, pode encontrar seus próprios anjos e seus próprios demônios. Para ele, e para mim, o casamento é uma forma intensa e rica, se bem aproveitado, de promoção de autoconhecimento e de desenvolvimento pessoal, relacional e social.

O trabalho que realizo favorece o contato saudável e rico entre consciente e inconsciente.

Antes de partir para um divórcio, é fundamental esgotar as possibilidades para que se possa colocar um ponto final na relação com segurança.

Quando, apesar das tentativas, esforços e buscas (incluindo aqui a psicoterapia de casal), não existem mais esperança de reconstruir uma relação que se perdeu, permanecer no casamento pode corroer a “alma”. A dor mental a que o casal é submetido diariamente mantendo-se casados, nesse caso, pode ser vista através da tortura que um impõe ao outro, numa tentativa desesperada de comunicar a dor pelo ódio.

Quando fica claro para os cônjuges que a relação não é usada para um conhecimento mutuo construtivo, quando ela leva a estagnação do desenvolvimento pessoal de cada um, reduzindo o casamento a uma convivência destrutiva, talvez tenha chegado a hora de separarem-se.

A terapia de casal pode auxiliá-los a perceber e a enfrentar essa situação. Aceitar a frustração de não ter “vivido felizes para sempre” ou simplesmente de não “ficarem juntos para sempre” é difícil.

Várias emoções, às vezes aparentemente divergentes (raiva, alivio, tristeza, felicidade, decepção etc.), e várias cobranças (internas, familiares e sociais) podem vir à tona durante o processo de separação. Também é possível cuidar desse momento na psicoterapia de casal, possibilitando que esta aconteça de forma madura e não traumática para ambos.

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