Hoje o mundo vive uma crise de doenças crônicas, não transmissíveis e ligadas aos nossos hábitos. Segundo Sat Bir S. Khalsa (professor Ph.D na Escola de Medicina de Harvard), em palestra ministrada no Hospital sírio Libanês, em setembro de 2019, pesquisas recentes apontam que estas doenças crônicas configuram a maior causa de morte (60%) e o maior custo para tratamento (90%) nos EUA, com números semelhantes no Brasil.
Um exemplo bem atual desse tipo de doença é o Burnout (estresse crônico), cujo número de casos vem aumentando de forma galopante nas grandes cidades, interferindo de forma brutal no trabalho, nas relações pessoais, amorosas e na qualidade de vida das pessoas, podendo em alguns casos, levar ao suicídio ou morte não intencional.
Ainda segundo Sat Bir S. Khalsa, a medicina moderna ocidental não é eficiente para lidar com mudança de hábito. Ela é boa e eficaz com medicamentos e cirurgias, sabe lidar com os sintomas, não com as causas das doenças. As práticas integrativas são extremamente importantes nesse contexto pois integram, à medicina moderna ocidental, tratamentos e formas de prevenções que promovem a mudança de hábitos – coisa que os medicamentos alopáticos não fazem, mas que é fundamental para cura e prevenção desse tipo de doença.
A psicoterapia é um dos tratamentos capazes de ajudar o individuo a modificar seus hábitos, sua forma de viver, de se olhar e se cuidar, podendo, desta forma, prevenir e reverter diversas doenças crônicas, sejam elas do campo emocional, cognitivo e/ou físico. O psicoterapeuta ajuda o paciente a perceber-se, em suas capacidades, potencialidades e dificuldades, e, ao tomar consciência de si, ele passa a ter maior possibilidade e potência para transformar sua vida, encontrando soluções e criando hábitos melhores e mais saudáveis para si.