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Yara Kilsztajn

Psicóloga Junguiana, especialista em Psicoterapia Corporal e Orientação Vocacional/Profissional.

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Burnout, a vida em curto-circuito

É comum vermos homens e mulheres que se dedicam mais ao trabalho do que à vida pessoal. O que não deve ser considerado grave, se esta escolha foi feita de forma consciente e se não acarretar problemas para o emocional, para o físico e para o mental.

Porém, há um grupo de pessoas que trabalham com tanta intensidade que alguns sintomas indesejados começam a aparecer impedindo que atividades simples sejam executadas. Muitas vezes, esses sintomas podem indicar um diagnóstico para a síndrome do esgotamento profissional, mais conhecida como a Síndrome de Burnout.

Difícil de ser identificada, muitas pessoas buscam respostas em vários profissionais da saúde, mas acabam não tendo um diagnóstico fechado. Com isso, elas ficam meses (ou anos) sem solução para um problema que atrapalha muito o seu dia a dia.

Para entender um pouco mais sobre esta doença adquirida na rotina desgastante do trabalho, continue a leitura deste artigo, onde apresento mais detalhes sobre o tema.

Para começar: O que é Burnout?

O Ministério da Saúde define a Síndrome de Burnout como um distúrbio emocional. O principal motivo para o seu desenvolvimento são as situações de trabalho desgastantes em que o profissional se depara diariamente: pressão excessiva, competitividade e alta responsabilidade.

As pessoas que sofrem com essa Síndrome costumam relacionar-se negativamente com o seu desempenho profissional, criando uma avaliação negativa de si mesmo. É comum, nos casos de Burnout, que a autoestima do indivíduo esteja estritamente ligada a percepção que ele tem de sua capacidade de realização e sucesso no trabalho.

Quando a satisfação e o sucesso profissional não são alcançados e quando seu desempenho não é reconhecido, seu desejo de conquista e reconhecimento transformam-se em obstinação e compulsão. A partir de então, o indivíduo passa a não perceber e respeitar seus limites físicos e psíquicos, gerando fadiga, ansiedade, exaustão, confusão mental, sofrimento psíquico, baixa autoestima, nervosismo e diversos problemas físicos (como dores de cabeça, insônia, tensão muscular etc.).

Em casos avançados dessa síndrome, o indivíduo pode chegar a ter um
colapso físico e mental, “queimar por completo” e, em alguns casos, cometer suicídio ou ter morte não intencional.

Workaholic e Burnout: saiba diferenciá-las

É possível afirmar que o workaholic pode desenvolver a Síndrome de Burnout, mas que nem todos que a desenvolvem são workaholic.

Para entender melhor a relação, apresento a definição de workaholic como a de alguém que sente prazer em desenvolver o seu trabalho, mesmo que seja necessário renunciar a suas atividades pessoais para isso. Muitas vezes essa dedicação elevada à vida profissional pode trazer prejuízos, mas não necessariamente.

Para os que possuem essa característica, é uma escolha se dedicar às atividades profissionais e eles se sentem motivados para fazê-las.

Qual a relação do nosso contexto econômico-social e a Síndrome de Burnout?

Os processos de trabalho e de produção sofreram grandes mudanças a partir da terceira Revolução Industrial ou Revolução Tecnológica (meados do século XX) e da crise econômica dos anos 1980 e 1990: as estruturas organizacionais e os postos de trabalho ficam mais enxutos, há mais agilidade nos processos, as relações de trabalho tornam-se mais eficazes para atender a demanda de um mundo mais rápido; valoriza-se cada vez mais o desempenho eficiente, a superação, a competitividade e o sucesso.

Nesse contexto social e laboral, observamos um aumento muito significativo de doenças crônicas ligadas ao estresse e ao mundo do trabalho. Entre elas, cujo número de casos vem aumentando de forma galopante nas grandes cidades, temos o Burnout, síndrome do esgotamento profissional, que vem interferindo de forma brutal no trabalho, nas relações pessoais e amorosas e na qualidade de vida dos indivíduos acometidos por esta.

Quais os principais sintomas da Síndrome de Burnout?

O principal sintoma da Burnout é o estresse e aconselha-se prestar atenção nos seguintes sintomas:

  • Cansaço excessivo, físico e mental.
  • Dor de cabeça frequente.
  • Alterações no apetite.
  • Insônia.
  • Dificuldades de concentração.
  • Sentimentos de fracasso e insegurança.
  • Negatividade constante.
  • Sentimentos de derrota e desesperança.
  • Sentimentos de incompetência.
  • Alterações repentinas de humor.
  • Isolamento.
  • Fadiga.
  • Pressão alta.
  • Dores musculares.
  • Problemas gastrointestinais.
  • Alteração nos batimentos cardíacos.

Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e podem se agravar com o passar do tempo. Por isso, se você se identificou até aqui ou se tem alguém próximo que suspeita estar com a Síndrome de Burnout, busque ajuda de um profissional o mais rápido possível. Quanto antes a doença for diagnosticada, mais rápido e mais eficaz pode ser o tratamento.

O que fazer para evitar a Burnout?

O ideal para não se tornar vítima dessa doença é ter uma vida equilibrada, adotando estratégias para reduzir o estresse.

Trabalhar é algo que todos precisam, porém é necessário equilíbrio para viver todos os aspectos da vida e, também, buscar prazer em outras coisas que tragam satisfação, como por exemplo:

  • Fazer atividades com a família e com os amigos;
  • Encontrar uma atividade prazerosa que possa se tornar rotina. Exemplo: fazer academia, correr, pedalar, dançar, cozinhar, pintar, ler, cantar etc.;
  • Celebrar pequenas vitórias, tanto da vida profissional quanto da vida pessoal;
  • Fugir da rotina; Inovar;
  • Se conhecer e se reconhecer diariamente.

Para evitar o estresse que pode levar à Burnout é preciso ter consciência de que existe vida e reconhecimento fora das obrigações profissionais.

Como identificar a Síndrome de Burnout?

Os profissionais adequados para identificar e tratar essa doença são psicólogos e psiquiatras.

Muitos pacientes passam meses ou até mesmo anos até identificar que sofrem com essa doença, porque costumam focar apenas nos sintomas do corpo: indisposição, cansaço, dor de cabeça. Mas, somente com uma análise clínica feita pelos profissionais que cuidam da mente, a Síndrome poderá ser identificada.

Como é feito o tratamento da Síndrome de Burnout?

A Burnout é tratada com psicoterapia, mas também pode ser necessário o tratamento com medicação antidepressiva e/ou ansiolíticos e/ou terapias complementares, como meditações, acupuntura etc.

Na psicoterapia várias questões começam ser abordadas junto ao paciente. Geralmente o indivíduo em colapso mental e físico chega questionando-se sobre o que ele fez de errado. Esta questão deve ser investigada, claro, mas é importante que terapeuta e paciente também se debrucem sobre outras questões, como: “o que eu fiz de certo?”, “quando foi que eu estava mais equilibrado?”, “quando comecei a perceber alguns dos sintomas de Burnout?”, “que coisas que eu fazia ou faço e que me fazem bem?”.

Processos psicoterapêuticos que incluam o trabalho corporal visando a diminuição do estresse, conjuntamente com o trabalho de autoconhecimento, são muito eficazes. Leia sobre Calatonia
– trabalho corporal realizado no processo psicoterapêutico, muito eficaz nos
tratamentos de burnout e estresse.

Para que haja sucesso no tratamento, além das sessões de psicoterapia que serão conduzidas de acordo com a necessidade do paciente, o terapeuta pode recomendar o afastamento do trabalho e, também, a adoção de um novo estilo de vida. Esse novo estilo pode envolver férias, novas atividades (como exercícios físicos) e a aproximação de amigos e de familiares.

É possível perceber melhora nos sintomas após um período de 1 a 3 meses, podendo variar de acordo com o paciente. Se você precisa de mais informações sobre esse assunto, entre em contato comigo.

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