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Yara Kilsztajn

Psicóloga Junguiana, especialista em Psicoterapia Corporal e Orientação Vocacional/Profissional.

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A IMPORTÂNCIA DO CORPO, DO RELACIONAR-SE COM O OUTRO E DO MOVIMENTO PARA PODERMOS VIVER PLENAMENTE

“’Se nenhuma aventura exterior acontece com você, então também não acontecerá aventura interior’: o caminho de desenvolvimento não pode prescindir da vida concreta, existencial” (Jung apud Guerra)

– Memórias implícitas: memórias não acessíveis a nossa consciência, mas que interferem nela a todo instante

Segundo Wilkinson, estudioso da neurobiologia, as lembranças são formadas quando grupos de neurônios são estimulados simultaneamente e estabelecem determinado padrão neural, que continua após o termino do estimulo. O hemisfério direito contém a forma de memória de longo prazo que é menos conhecida. Ela grava experiências de forma implícita e incorporada. A memória implícita é o que se forma no bebê antes da formação do ego, na fase pré-verbal, não acessível à consciência. Experiencias extremamente traumáticas, por assim o serem, também podem ser registradas apenas na memória implícita mesmo quando jovens ou adultos.

Essas memórias não podem ser acessadas conscientemente e não são gravadas como narrativas lineares de algo que ocorreu no passado. Em vez disso, quando algo desencadeia a memória implícita, nós respondemos de forma incorporada, repetindo o padrão de comportamento que foi aprendido no momento em que a memória foi consolidada. Todas as experiencias gravadas durante os três primeiros anos de vida ficam registrados de forma implícita pelo simples motivo que o hemisfério esquerdo ainda não está ‘ligado’. É a memória implícita, formada no contexto dos nossos primeiros relacionamentos sociais e emocionais, que estabelece o modo como vamos nos relacionar com outras pessoas ao longo da vida.

Similarmente, em tempos de perigo, as memorias que se consolidam são principalmente implícitas. Intensificadas pela atividade da amidala direita (o sistema alerta), aumentam a formação da memória implícita, porem inibem a consolidação da memória explicita, uma vez que o hipocampo é desativado. Como resultado as memorias não podem ser conscientemente acessadas, e sem tal percepção até fatores estressantes interpessoais podem ativar experiencias emocionais não moduladas que foram impressas nos circuitos neurais do cérebro direito (Wilkinson, 2010).

A grande importância da psicoterapia aliada ao trabalho corporal é que esta possibilita o acesso e a reelaboração dessas experiencias.

– Por que é tão importante e transformador trabalharmos o corpo e o relacionar-se com o outro num processo psicoterapêutico?

Quando se trabalha diretamente com o corpo e com o relacionar-se com o outro, em um ambiente seguro, onde o ego pode relaxar seus mecanismos de defesa e confiar no processo, pode-se tocar e transformar as memórias implícitas registradas no corpo. Por isso é tão importante e crucial um processo terapêutico que inclua estas duas vivências além da verbal e analítica (relacionada com o hemisfério esquerdo do cérebro, mais comum e mais aceita em nossa cultura), porque algumas experiências só podem ser tocadas e, assim, ressignificadas e reelaboradas a partir do corpo e da relação com o outro. Elas muitas vezes não estão registradas no córtex, estão espalhadas por todo o corpo.

Quando o que é lembrado implicitamente se torna explícito o indivíduo é liberto para que viva o presente, ao invés de ficar revivendo eternamente sua experiência passada.

A importância do relacionar-se não para aqui, já que, na relação com o outro, num contexto terapêutico, o indivíduo é convidado a desenvolver empatia e alteridade. A consciência de alteridade faz dialogar os opostos e integra o outro, em vez de afastá-lo.

– Fazer corpo e aprender a mover para poder viver

As pessoas precisam criar corpo para viverem a vida como ela é. Não é saudável diminuir a vida para, assim, controla-la e fazê-la caber no corpo. É o corpo vivo que sustenta as polaridades da vida! Para sentir a vida dentro de si, o indivíduo precisa entrar no fluxo da vida. É muito difícil aprender a viver esse fluxo porque a sociedade vende uma história de que a vida é um “potinho”, que ela não muda. Criamos tensões e couraças para manter a vida parada. Mas couraça não é proteção quando exagerada, neste caso ela é uma armadura, que o próprio indivíduo usa para aprisionar a si mesmo e ao outro… para que nada mude.

Mover é criar espaço para o movimento acontecer. E a experiência dá corpo para o indivíduo viver o “não sei”, por que a vida é um eterno “não sei”: a proposta pode ser arriscar-se. É importante que se saiba mover mesmo na dúvida; poder mover na transição, não precisar ficar numa coisa ou na outra. E é importante também aprender a mover-se com obstáculos, apreender os obstáculos dentro de si, não os tirar de cena e, sim, poder misturar-se e mover-se com os obstáculos da vida!

Para conhecer mais sobre psicoterapia com abordagem corporal ou sobre vivencias corporais e de interação interpessoal, entre em contato comigo.

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